Por Ana Inês
Na semana comemorativa dos 48 de Brasília, o movimento da capital federal foi tal qual idealizou Oscar Niemeyer. Talvez em homenagem ao centenário do arquiteto comunista, o cenário urbano que ele traçou para as manifestações populares tenha retratado tão bem o sentido do céu aberto. Do Abril vermelho às manifestações indígenas no Congresso Nacional, mesmo tênue as veias de um dia 21 de abril com luta, ainda trazem à data cívica de Tiradentes a menção às contraposições populares da inconfidência mineira.
Dia de índio
foto Luiz Alves (Sefot/Câmara dos Deputados)Povos indígenas acampam na Esplanada dos Ministérios e participam de audiências e reuniões parlamentares para reclamarem melhores condições de vida e direito ao Estatuto dos Povos Indígenas, que tramita no Congresso há dezesete anos. "Desenvolvimento é ter nossa terra com saúde", afirma o presidente da Associação Yanomami Hutukara, Davi Kopenawa Yanomami, em carta entregue aos parlamentares sobre a necessidade de incluir a preservação das terras indígenas, na política de desenvolvimento do país.
Na semana comemorativa dos 48 de Brasília, o movimento da capital federal foi tal qual idealizou Oscar Niemeyer. Talvez em homenagem ao centenário do arquiteto comunista, o cenário urbano que ele traçou para as manifestações populares tenha retratado tão bem o sentido do céu aberto. Do Abril vermelho às manifestações indígenas no Congresso Nacional, mesmo tênue as veias de um dia 21 de abril com luta, ainda trazem à data cívica de Tiradentes a menção às contraposições populares da inconfidência mineira.
Dia de índio
foto Luiz Alves (Sefot/Câmara dos Deputados)Povos indígenas acampam na Esplanada dos Ministérios e participam de audiências e reuniões parlamentares para reclamarem melhores condições de vida e direito ao Estatuto dos Povos Indígenas, que tramita no Congresso há dezesete anos. "Desenvolvimento é ter nossa terra com saúde", afirma o presidente da Associação Yanomami Hutukara, Davi Kopenawa Yanomami, em carta entregue aos parlamentares sobre a necessidade de incluir a preservação das terras indígenas, na política de desenvolvimento do país.
Abril vermelho
Foto Luiz Alves (Sefot/Câmara dos Deputados)
O movimento dos trabalhadores rurais sem terra (MST) traz à Brasilia o eco da marcha nacional de conscientização sobre os conflitos rurais do país, com o luto-homenagem ao massacre de Eldorado dos Carajás (PA) e outros mortos pelo conflito fundiário, a exemplo do líder do MST, Eli Dallemore, em 30 de março; e do militante Valmir Mota, da Via Campesina, em outubro de 2007. Pelos 12 anos do massacre, que matou trabalhadores rurais no Pará, representantes do MST e Movimento de Apoio ao Trabalhador Rural invadiram em Brasília, a sede da Caixa Econômica Federal e fizeram uma marcha à Esplanada dos Ministérios. Reividicaram o cumprimento de projetos ligados à habitação em assentamentos rurais e audiência com o ministro das Cidades, Márcio Fortes. Em todo o país os registros de manifestações dos trabalhadores rurais foram pacíficos e na Capital Federal a desocupação aconteceu depois do compromisso feito pessoalmente pelo Ministro e pela presidente da Caixa, Maria Fernanda Coelho, sobre o cumprimento das negociações.
Movimento estudantil
foto divulgação
Termina ocupação de 15 dias dos estudantes da Universidade de Brasília, depois de forçarem o afastamento coletivo do 1º escalão da reitoria, acusado de improbidade administrativa por mau uso de recursos que seriam destinados ao financiamento de projetos de pesquisa e desenvolvimento institucional. Embora continuem as reividicações o diálogo com o reitor substituto, Roberto Aguiar, tem sinalizado um roteiro de discussões mais tranquilas, principalmente no que se refere às Eleições Paritárias, maior reividicação da classe estudantil. Eles querem o mesmo peso nos votos de alunos, professores e servidores para as eleições universitárias. Hoje o somatório dos votos de estudantes e servidores da UnB (cada um com peso de 15%) não chega à metade da importância dada ao voto dos professores (70%). No entanto, a regra paritária já é adotada em pelo menos 23, das 43 universidades federais do país.
Termina ocupação de 15 dias dos estudantes da Universidade de Brasília, depois de forçarem o afastamento coletivo do 1º escalão da reitoria, acusado de improbidade administrativa por mau uso de recursos que seriam destinados ao financiamento de projetos de pesquisa e desenvolvimento institucional. Embora continuem as reividicações o diálogo com o reitor substituto, Roberto Aguiar, tem sinalizado um roteiro de discussões mais tranquilas, principalmente no que se refere às Eleições Paritárias, maior reividicação da classe estudantil. Eles querem o mesmo peso nos votos de alunos, professores e servidores para as eleições universitárias. Hoje o somatório dos votos de estudantes e servidores da UnB (cada um com peso de 15%) não chega à metade da importância dada ao voto dos professores (70%). No entanto, a regra paritária já é adotada em pelo menos 23, das 43 universidades federais do país.